terça-feira, 20 de setembro de 2011



"TODA CAPACIDADE VALORIZA DEUS ACIMA DE TODAS AS COISAS"
Amar a Deus é essencialmente considerá-lo um tesouro. Amá-lo de todo o coração, de toda a alma, de todo entendimento e de todas as forças significa que todas as nossas aptidões inatas e todas as nossas capacidades o valorizam acima de todas as coisas, de tal forma que, quando consideramos qualquer outra coisa tão preciosa quanto um tesouro, estamos fazendo o mesmo em relação a Deus. Em outras palavras, podemos valorizar outras coisas boas até certo ponto, porém não mais do que valorizamos a Deus. Podemos valorizá-las como manifestação do valor que atribuímos a Deus. Se uma das nossas capacidades humanas achar prazer em qualquer pessoa ou em qualquer coisa de tal forma que esse prazer não agrade a Deus, então não amamos a Deus com toda essa capacidade.

Essa forma de entender o amor de Deus é confirmada pela maneira em que ele é amado nos Salmos. Jesus considerava-se o objetivo, o centro e o cumprimento das Escrituras do Antigo Testamento, até mesmo dos Salmos (Mateus 5.17; Lucas 24.27; João 5.39). É de esperar, portanto, que ele exija um amor que amplie e ponha em prática o que os salmistas sentiram. Lemos em Salmos que o amor a Deus é absolutamente exclusivo: "A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar unto a ti" (73.25); "Ao Senhor declaro: "Tu és o meu Senhor; não tenho bem nenhum além de ti'" (16.2). O que essa exclusividade significa, se os salmistas também falam, por exemplo, de amar outras pessoas (16.3)?

Temos uma pista, em Salmos 43.4, no qual o salmista diz: "Então, irei ao altar de Deus, a Deus, a fonte da minha plena alegria". A expressão "minha plena alegria" significa literalmente "a alegria de meu regozijo" ou "a alegria de minha exultação". Isso indica que Deus é a alegria de todas as alegrias. Em meu regozijo por todas as coisas boas que Deus tem feito, ele está no centro de minha alegria, é a alegria do meu regozijo. Quando eu me regozijo em tudo, portanto, existe um regozijo centralizado em Deus. Toda a alegria que não tem Deus no centro é irreal e, com o passar do tempo, irá estourar como uma bolha. Foi isso que levou Agostinho a orar: "Pouco te ama quem te ama juntamente com alguma criatura, e não a ama por tua causa".

NÃO PERMITA QUE SEU AMOR ESFRIE

Deduzo, portanto, que o mandamento de Jesus para amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todo entendimento e de todas as forças significa que cada impulso, cada ato de toda aptidão inata, e de toda capacidade deve ser uma expressão de valorizar Deus acima de todas as coisas. Jesus advertiu que esse mandamento, o mais importante de todos, seria esquecido por muitos nos últimos dias: "Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará..." (Mateus 24.12).

Tome cuidado para que seu amor por Deus não esfrie nestes dias. Lembre-se: nós o amamos até o ponto em que o conhecemos. E lembre-se de que somente Jesus pode torná-lo conhecido verdadeira e inteiramente (Mateus 11.27). Olhe firme para Jesus e ore para que ele lhe revele Deus como uma beleza arrebatadora. "Quem me vê, vê o Pai" (João 14.9)."  (Texto extraído do Livro "O QUE JESUS ESPERA DE SEUS SEGUIDORES" - John Piper - Editora Vida - SP - 2008).

(Que o Senhor nos ajude a uma compreensão na realidade da vida. E assim, busquemos a fazer com amor todas as coisas em "...tempo oportuno. (Hebreus 4.16)", agindo no cumprimento dos mandamentos de Jesus ao mundo, usando a Bíblia como parâmetro para o viver diário, portanto, incorporando os princípios da Palavra de Deus a tudo o que fazemos, desejosos a servir com talento, compaixão e habilidades para as quais somos chamados.) Márcia Intra

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