segunda-feira, 9 de maio de 2011

REFLEXÃO

SERÁ QUE PRECISAREMOS DESTRUIR O TEMPLO NOVAMENTE?
Imagino que você ao ler o título desta reflexão deve ter se perguntado: Aonde o autor quer chegar com este tema? Mas, eu te convido caminhar comigo até o fim deste texto para refletirmos juntos, e com certeza extrairemos belas lições para nossas vidas.
Quando observo o evangelho que é vivido pelos cristãos da atualidade, fico me perguntando: Este é o mesmo evangelho que Jesus e os apóstolos pregaram? Você pode estranhar a minha resposta, mas eu acredito que sim. Mas você poderia me questionar: Onde estão os efeitos e sinais nos dias de hoje? Eu poderia te responder: Talvez estejam dentro dos templos (igrejas). Ainda assim você teria vários outros questionamentos, como eu também o tenho. Então vamos caminhar juntos nesta reflexão e talvez chegar a uma conclusão.
A destruição do templo de Jerusalém (70 dC.) foi de fato um marco para a igreja cristã no mundo inteiro. Alguém familiarizado com a linguagem judaica poderia interpretar como uma “vinda do Filho do homem sobre as nuvens do céu com poder e glória” (Lucas 21.27). Só depois que findasse a antiga ordem com a destruição do templo é que a evangelização mundial, realizada pela igreja cristã, agora inteiramente separada do judaísmo, poderia ser seriamente empreendida. Enquanto não acontecia a destruição do templo de Jerusalém a mensagem do evangelho não chegaria “a todas as nações” (Mateus 24.14), pelo fato dela estar “embrionada” dentro do templo.
Fazendo uma interpretação e uma analogia com este raciocínio, poderíamos afirmar que nos dias atuais estamos precisando de uma “nova queda do templo” atual para que o evangelho de Jesus volte a ser propagado com seriedade e veemência, pois a realidade que estamos vivenciando é totalmente diferente da proposta de Jesus e dos apóstolos.
Hoje, a mensagem do evangelho está “embrionada” em algumas igrejas que perderam a sensibilidade da dor alheia, ou seja, do próximo. Em seu ministério terreno Jesus buscou incansavelmente sanar as angústias, dores e “fomes” das pessoas e, anunciar o seu reino. Temos na atualidade o evangelho “que dará certo” se você der o primeiro passo, mas este mesmo nunca atende as “necessidades” das pessoas. Jesus sempre se preocupou com o indivíduo, mas as igrejas hoje estão somente interessadas “no que têm” o indivíduo. Precisamos sair de nossas “vidinhas” sedentárias nos templos e começar a “testemunhar a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24.14). Queremos que o fim chegue sem ao menos tentarmos ganhar os nossos familiares, visinhos, esposas e esposos, filhos, colegas de trabalho, etc. Na verdade parece que queremos o céu somente para nós.
O que nós temos feito quando saímos de nossos templos (igrejas) nos dias de culto? E quando acabam os nossos cultos, será que nos lembramos daqueles que estão sem Cristo quando caminhamos para nossos lares? Ou já saímos pensando somente na pizzaria e na lanchonete?
As nações que o evangelista Mateus estava se referindo (capítulo 24) é representada hoje pelos drogados vizinhos de nossos templos; pelos visitantes de nossas igrejas que nem a menos sabemos o seu nome, nem tampouco conhecemos a sua casa; são aquelas milhares de vidas que se distanciaram de Jesus (desviados); são aqueles idosos nos asilos; crianças nos orfanatos; dependentes químicos nas casas de recuperação, etc. Existem pessoas morrendo debaixo de nossos olhares e nós na maioria das vezes não nos importamos. Colocamos a responsabilidade social somente para o poder público sendo que o “maior poder” está em nossas mãos, ou seja, da igreja.
“Caro amigo que reflete neste texto comigo, precisamos “urgentemente destruir nossos templos”. Templos este que nos impedem com suas “paredes” dogmáticas, tradicionalistas, individualistas, discriminalistas, etc. de enxergarmos aqueles que estão do lado de fora das paredes dos templos, mas que necessitam urgentemente estar junto conosco nesta viagem rumo às mansões celestiais; Templos estes que “escolhem” aqueles que trabalharão em sua missão (ministérios); Templos estes que somente valorizam pessoas que “têm” algo para oferecer em troca de cargos e funções; Templos estes que não cuidam dos órfãos, das viúvas e forasteiros (Deuteronômio 14.29; Tiago 1.27). Se não nos atentarmos para isso acredito que não embarcaremos nesta viagem, se é que estamos na “lista de convidados” (Apocalipse 20.12).
 Sola Gratia
Sola Scriptura
Soli Deo Gloria

Texto do Teólogo Roberto Braga Bispo dos Santos
 “Tudo que é preciso para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada fazem”
"Liderança não é estilo, e sim essência, isto é, caráter. Se não for vocacionado, estarás complicado!!!
"Aguardo em Deus"....

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